23 de abril de 2010

percas

"Eu a vi partir, mesmo depois de tudo que aconteceu não poderia evitar, era algo que ela precisava fazer e que se desse certo poderíamos até tentar novamente, com certeza era o emprego que até eu havia pedido a Deus.
Consegui descobrir o horário do voo dela, pairava a dúvida de ir ou não, talvez ela iria gostar que eu fosse ou talvez não gostasse por sentir que me deixaria aqui, ou talvez nada disso, talvez não fosse nossa hora, realmente não tentaria entender as mulheres novamente, simples: 'Os homens tem como obrigação não entenderem certas coisas', e com certeza entender as mulheres não era preciso para ama-las.
O voo estava marcado para 2:30 da sexta-feira, dois dias depois da ultima vez que nos vimos. Podia não significar muito, ou até significar muito, naquele momento preferi não pensar tanto no que seria melhor... Era um dia chuvoso, talvez as aeronaves estivessem atrasando por conta disso. O carro estava mais frio mesmo com o ar condicionado desligado, me vinha um vazio, um frio, um nervosismo... e se... naquela hora eu tentava não pensar em possibilidades, tentava não 'achar' alguma coisa, isso me deixava mais nervoso e mais triste, mais e mais...
O aeroporto era algo que se destacava naquela cidade, eu poderia dizer sombrio e diferente. Aeroportos em geral são locais tristes felizes, por um lado você pode estar feliz por alguém esta voltando, mas por outro, triste por alguém esta partindo.
A chuva caia mais forte, agora tinha certeza de que o voo havia atrasado.
Cheguei no aeroporto exatamente as 2:52 ainda com meus anseios, com minhas dúvidas, com minhas inseguranças, porém dessa vez teria que deixa-las no carro.



Corri para não me molhar até finalmente entrar naquele aeroporto frio.
Não demorei para encontra-la, na verdade ela parecia me esperar. Naquele momento eu tinha quase certeza de tudo, quase. Com meu sorriso tímido e tentando olhar para o chão logo que aproximei. La estava ela, cabelos presos, com uma camisa vermelha, uma calça jeans e um sapato branco, apoiando seu cotovelos no seu 'carrinho' de malas.
(...)
- Eu sabia que você vinha...

(EXPLOSÃO)"

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