24 de dezembro de 2009

O Chão

"Então, voltávamos daquela festa, o carro ficava em silencio, todos estavam cansado, exeto eu.
Liguei o celular e procurei alguma musica que agradasse os ouvidos.
Senti o frio, fazia frio, o vento soprava forte em meu rosto e isso refrescava.
O caminho era o mesmo, mas agora vinha a ansiedade de passar em frente a casa dela, e de sentir.
Passamos em frente, dei uma leve olhada e nada vi, alem daquele muro alto e amarelo velho, que por conta da chuva tinha uma tonalidade interessante.
Continuávamos o caminho...
E então... no momento em que eu menos esperava eu a vi...
E não estava só (se é que me entendem).
Assustei o motorista:
- Para o carro, rápido!
- Como?
- Para o carro eu preciso descer, para!
O carro parou:
- Calma o que foi?
- Eu não vou te dar explicações, agora deixa eu descer!

Desci, não sentia nada, fiquei uns 10 segundos ainda olhando pro carro sem fechar a porta.
- Pode ir, quando terminar eu vou a pé!
- Você me preocupa, qualquer coisa me liga, sério!

No momento nem eu mesmo sabia o que estava fazendo.
Ela olhou pra mim, com um olhar de dó, como se quisesse que eu não existisse pra não se sentir culpada.
Ele, nem sequer o percebi, ela lhe falou algumas palavra que não consigo e nem gostaria de recordar, e ele se foi, logo sumiu nas ruas.
Ela se virou pra mim, tentou se aproximar mas eu recuei.
Não sabia explicar a raiva que eu tinha de mim mesmo.

- Então era isso que você iria me falar não é?
- Olha, eu não queria que fosse dessa forma...
- Mas foi...
- Espera...
- Você deveria ter me falado, isso não se faz, isso não é humano, você sabia o que eu sentia você sabia o que eu achava, eu confiei em você...
- Eu ia te contar, mas eu tinha medo de te magoar...
- Sabe de uma coisa? Eu tenho pena de você... eu não queria nem te matar, eu queria morrer é, é isso eu queria morrer agora. Talvez você se sentisse um pouco culpada.
- Eu não sabia eu juro.
- Não discute, tchau.

Então virei e andei, ela falou algumas coisas que não ouvi e ainda tentou me seguir, mas ela sabia o que aconteceria...
Andei, andei sem rumo, andei sem querer voltar, mas já sabia pra onde ia..."


Deve ser horrível ser feito de idiota, principalmente quando se ama alguém

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